5 LIVROS ONDE O PROTAGONISTA É TAMBÉM O VILÃO

Algumas histórias desafiam nossa percepção do bem e do mal. E quando o protagonista é também o vilão, a tensão se torna irresistível. Esses livros nos obrigam a olhar para dentro da mente humana, a questionar moralidade, lealdade e justiça — e a sentir um fascínio inquietante por personagens que amamos e tememos ao mesmo tempo.

1. Psicopata Americano – Bret Easton Ellis

Capa do livro Psicopata Americano

Em Psicopata Americano, conhecemos Patrick Bateman, um executivo de Wall Street que leva uma vida dupla: bem-sucedido e charmoso de dia, assassino frio e calculista à noite. O livro é um mergulho perturbador na mente de um homem que mistura charme, inteligência e crueldade. O leitor acompanha a rotina de Bateman, suas obsessões e crimes, e é forçado a se perguntar: até que ponto a sociedade pode criar monstros disfarçados de cidadãos exemplares? Ellis transforma o protagonista em vilão absoluto, criando um suspense que é tanto psicológico quanto moral. Cada capítulo é uma provocação, uma experiência desconfortável que prende e fascina.

A obra provoca desconforto e fascínio ao explorar os limites da moralidade e da psicologia humana.

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2. O Conde de Monte Cristo – Alexandre Dumas

Capa do livro O Conde de Monte Cristo

Embora à primeira vista O Conde de Monte Cristo pareça apenas uma história de vingança clássica, Dumas cria um protagonista que, ao buscar justiça, também comete atos questionáveis. Edmond Dantès é traído e injustamente preso, mas ao escapar, assume a identidade do Conde de Monte Cristo e manipula a vida de seus inimigos de forma precisa e implacável. Enquanto o leitor torce por sua vitória, também se vê confrontado com o dilema: até que ponto a vingança transforma um homem justo em alguém tão cruel quanto aqueles que o prejudicaram? Essa ambiguidade é o que faz a obra transcender o tempo: Dantès é herói e vilão, e o suspense surge não apenas de suas ações, mas de nossas próprias questões morais.

A ambiguidade moral e a complexidade do protagonista tornam a narrativa envolvente.

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3. O Retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde

Capa do livro O Retrato de Dorian Gray

Em O Retrato de Dorian Gray, o protagonista é também o vilão de sua própria história. Dorian, encantado por sua beleza e influenciado por uma vida de excessos, deseja permanecer jovem enquanto seu retrato envelhece por ele. À medida que ele mergulha na decadência moral, cometendo atos egoístas e cruéis, o retrato carrega toda a corrupção que ele evita mostrar ao mundo. Wilde constrói um suspense psicológico intenso, explorando a duplicidade humana: a face pública do protagonista versus sua verdadeira essência. O leitor se vê dividido entre empatia e repulsa, fascínio e horror — exatamente o efeito que uma narrativa em que o herói é vilão deve causar.

A obra é uma exploração da dualidade humana e dos efeitos da moralidade na alma.

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4. Garota Exemplar – Gillian Flynn

Capa do livro Garota Exemplar

Garota Exemplar é um thriller moderno que redefiniu o conceito de protagonista-vilão. Amy Dunne, que desaparece misteriosamente no dia de seu quinto aniversário de casamento, é apresentada inicialmente como vítima. Porém, aos poucos, descobrimos que ela é manipuladora, calculista e capaz de atos extremamente cruéis para atingir seus objetivos. O suspense cresce a cada capítulo, porque a linha entre vítima e vilã é borrada, e o leitor nunca sabe se deve confiar no que vê. Gillian Flynn explora de forma magistral a mente humana, criando uma história de mistério psicológico que mantém todos os personagens — e o leitor — em constante tensão.

A narrativa desestabiliza as certezas do leitor, mantendo-o em suspense constante.

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5. Lolita – Vladimir Nabokov

Capa do livro Lolita

Em Lolita, temos um protagonista controverso, profundamente problemático, que é ao mesmo tempo narrador, protagonista e vilão. Humbert Humbert se apaixona obsessivamente por uma menina de 12 anos e leva o leitor a ver o mundo através de sua perspectiva distorcida. O suspense da obra não vem de ação física ou perseguições, mas do desconforto moral e psicológico. Nabokov desafia o leitor a confrontar a complexidade do mal, a sedução e a racionalização de Humbert. É uma leitura intensa, que provoca reflexão sobre ética, obsessão e a manipulação narrativa — e nos obriga a lidar com o fato de que o protagonista é alguém que deveríamos repudiar, mas cuja história nos prende completamente.

A obra força o leitor a confrontar questões éticas e morais em um relato sedutor e perturbador.

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O fascínio da ambiguidade

Livros onde o protagonista é também o vilão nos desafiam a enxergar o mundo de forma mais complexa. Eles nos mostram que uma mente humana é multifacetada, que nossas ações são moldadas por circunstâncias, desejos e traumas. Cada obra desta lista é uma experiência intensa: Psicopata Americano nos confronta com a crueldade da normalidade; O Conde de Monte Cristo questiona a moralidade da vingança; O Retrato de Dorian Gray nos alerta sobre a obsessão com a aparência; Garota Exemplar redefine confiança e manipulação; e Lolita provoca reflexões sobre ética e obsessão. O suspense não está apenas no que acontece, mas em como vemos o protagonista agir e em como lidamos com nossos próprios julgamentos. Esses livros nos lembram que a linha entre herói e vilão é tênue — e que, muitas vezes, a história mais intrigante é aquela em que os dois papéis se confundem.

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